Mass treatment for intestinal helminthisis control in an Amazonian endemic area in Brazil / Tratamento em massa para controle das helmintíases intestinais em área endêmica na Amazônia Brasileira

The objective of the present study was to estimate the prevalence of soil-transmitted helminthiasis and evaluate the sanitary conditions and the role of a mass treatment campaign for control of these infections in Santa Isabel do Rio Negro. A cross-sectional survey was carried out in 2002, to obtain data related to the sanitary conditions of the population and fecal samples for parasitological examination in 308 individuals, followed by a mass treatment with albendazole or mebendazole with coverage of 83 percent of the city population in 2003. A new survey was carried out in 2004, involving 214 individuals, for comparison of the prevalences of intestinal parasitosis before and after the mass treatment. The prevalences of ascariasis, trichuriasis and hookworm infection were 48 percent; 27 percent and 21 percent respectively in 2002. There was a significant decrease for the frequency of infections by Ascaris lumbricoides (p < 0.05; OR / 95 percent CI = 0.44 / 0.30 - 0.65), Trichuris trichiura (p < 0.05; OR / 95 percent CI = 0.37 / 0.22 - 0.62), hookworm (p < 0.05; OR / 95 percent CI = 0.03 / 0.01 - 0.15) and helminth poliparasitism (p < 0.05; OR / 95 percent CI = 0.16 / 0.08 - 0.32). It was also noticed a decrease of prevalence of infection by Entamoeba histolytica / dispar (p < 0.05; OR / 95 percent CI = 0.30 / 0.19 - 0.49) and non-pathogenic amoebas. It was inferred that a mass treatment can contribute to the control of soil-transmitted helminthiasis as a practicable short-dated measure. However, governmental plans for public health, education and urban infrastructure are essential for the sustained reduction of prevalences of those infections.

O presente trabalho objetivou avaliar a prevalência e o papel de um tratamento em massa das helmintíases intestinais em Santa Isabel do Rio Negro, Estado do Amazonas, Brasil. Foi realizado em 2002 um estudo seccional, incluindo inquérito copro-parasitológico, objetivando a obtenção das prevalências das parasitoses intestinais e dados sobre as condições sanitárias do local, estudando-se uma amostra de 308 indivíduos. Em 2003 foi realizada intervenção para tratamento em massa das helmintíases intestinais com administração de albendazol (ou mebendazol para crianças entre 12 e 24 meses) na sede do município, alcançando-se 83 por cento de cobertura. Novo inquérito copro-parasitológico foi realizado em 2004, para comparação das prevalências antes a após o tratamento. As prevalências das infecções por Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e ancilostomídeos foram 48 por cento, 27 por cento e 21 por cento, respectivamente em 2002. Em 2004 observou-se redução significativa das infecções por Ascaris lumbricoides (p < 0,05; OR / 95 por cento IC = 0,44 / 0,30 - 0,65), Trichuris trichiura (p < 0,05; OR / 95 por cento IC = 0,37 / 0,22 - 0,62), ancilostomídeos (p < 0,05; OR / 95 por cento IC = 0,03 / 0,01 - 0,15) e poliparasitismo por helmintos intestinais (p < 0,05; OR / 95 por cento IC = 0,16 / 0,08 - 0,32). Foi também observada redução da prevalência de infecção por Entamoeba histolytica/dispar (p < 0,05; OR / 95 por cento CI = 0,30 / 0,19 - 0,49). Concluiu-se que o tratamento em massa pode auxiliar o controle das helmintíases intestinais, porém ações governamentais em infraestrutura urbana e educação são essenciais para uma redução sustentada das prevalências destas infecções.

Características epidemiológicas, clínicas e virológicas de pacientes com infrcção crônica de hepatite C respondedores e não respondedores à terapia antiviral / Epidemiological, clinical and virological characteristics of chronic HCV responder and non responder patients to antiviral therapy

Os pacientes com infecção crônica pelo HCV que não respondem ao tratamento antiviral ainda constituem um importante grupo com os atuais esquemas de tratamento. O entendimento sob quais circunstâncias são obtidos os tipos de resposta, torna-se essencial para o adequado esclarecimento dos possíveis fatores que contribuem para o resultado terapêutico. Objetivos: Estudar as características epidemiológicas, clínicas e virológicas de pacientes que receberam tratamento para a infecção crônica pelo HCV em hospitais da rede de saúde pública estado do Rio de Janeiro, identificando possíveis associações com o tipo de resposta terapêutica. Métodos: Estudo retrospectivo de base hospitalar para o período de janeiro de 2001 a junho de 2004. Foram estudados 161 pacientes vinculados ao programa de tratamento para HCV com avaliação virológica da resposta ao tratamento antiviral realizada no Laboratório de Referência Nacional para Hepatites Virais (LRNHV). Dados clínicos e epidemiológicos foram obtidos do banco de dados do LRNHV e dos prontuários médicos. Os pacientes foram classificados em dois grupos de resposta: NR (não respondedores ao final do tratamento) e RVS (com resposta virológica sustentada). O estudo molecular das regiões genômicas E2 e NS5A foi feito em 38 e 31 amostras pré-tratamento, respectivamente, através do seqüenciamento nucleotídico. Resultados e Conclusões: Não foram identificadas diferenças em relação às características epidemiológicas e clínicas nos grupos de resposta, porém para as variáveis laboratoriais foi observado que altos níveis de GGT e uma contagem de plaquetas <-150.000 antes do início do tratamento foram associados ao grupo NR e, os níveis de transaminases foram significantemente mais baixos após o tratamento no grupo RVS. A taxa de resposta com o uso de IFN convencional foi semelhante (~50por cento) para os pacientes infectados com genótipo 1 e 3, contudo uso de IFN peguilado elevou a taxa para 61,1por cento nos infectados pelo genótipo 1. N...